A dor da rejeição
- Silas Almeida
- 11 de dez. de 2018
- 2 min de leitura

Há quem diga que a rejeição é um das piores “dores psicológicas” que há. Não sei qual é a pior, ser rejeitado no trabalho, pelos colegas, pelo(a) namorado(a) ou ser rejeitado pelos pais. Infelizmente há crianças abandonadas em suas próprias casas, algumas são abandonas emocionalmente, outras física e emocionalmente pelos pais. Essa rejeição faz com que a criança tenha dificuldades em se relacionar com outras pessoas, faz com que viva angustiada, com medo, com raiva, ódio, culpa, confusa, triste, tenha pensamentos suicida, tenha comportamentos agressivos com outras pessoas, automutilação, anorexia, bulimia, abusar do álcool, cigarro e outras drogas, se isolar, tudo isso em prol de aliviar a dor causada pela rejeição.
É uma situação muito triste, pois há muitas pessoas carregando esta dor e não tem consciência disso. Elas entram num estágio de anestesia emocional. A pessoa, conscientemente, busca formas de aliviar esta dor. Vou dar um exemplo. Uma criança fora abandonada pelo pai, a mãe entra em depressão pela separção. A mãe sem “forças” não conseguia dar afetos a criança, conseqüentemente a criança desenvolvera alergia, medos, tristeza, raiva e confusão. À medida que vai crescendo, a criança vai tendo outras experiências, podendo aumentar ou não a rejeição. Já na adolescência, estas pessoas irão buscar situações nas quais irão alimentar essa rejeição. Buscarão pessoas que não lhe darão afetos, rejeitará as que estão dispostas a dar, empregos cujo chefe é um ditador, “amigos” interesseiros, isto e outras situações que lhe causam mais rejeição. Então, uma válvula de escape é ir atrás das drogas, principalmente das mais acessíveis, o álcool ou cigarro, virando uma bola de neve. Quando mais rejeitado sinto mais eu uso, rejeitando situações que terá afetos e aceitando as situações que não terá nenhum ou afeto de má qualidade (brigas, violências, humilhação, etc).
O primeiro passo para aliviar esta dor é o autoconhecimento. Compreender suas necessidades psicológicas e físicas, compreender que há diversas fontes de afetos espalhas e que podemos rejeitar as de más qualidades e aceitar as de boas qualidades, entender que podemos ter uma vida feliz. Faça este exercício, fecha os olhos e imagine você criança (a que vier em sua mente) e diga – Eu vou amar você, não vou deixar mais ninguém machucar você, eu te amo e você merece ser feliz. Abrace a sua criança.
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